
Mike Portnoy valoriza emoção na bateria e elogia Lars Ulrich: “Foi uma grande influência”
Ícone do prog metal, baterista do Dream Theater compartilha suas inspirações e defende performance com alma, acima da técnica
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Redação - SOM DE FITA
6/26/2025




Mike Portnoy, baterista lendário do Dream Theater, deixou claro que quando o assunto é tocar bateria, emoção vale mais que mil rudimentos. Em uma entrevista para o canal de El Estepario Siberiano, no YouTube, o músico refletiu sobre os nomes que o moldaram como artista — e fez questão de destacar que alma no palco supera qualquer virtuosismo técnico.
Entre as influências mais marcantes, Portnoy citou três gigantes da bateria: Keith Moon (The Who), Neil Peart (Rush) e Ringo Starr (The Beatles). Segundo ele, foi o estilo explosivo e imprevisível de Moon que acendeu a vontade de ser um baterista mais expressivo, algo que contrastava com a postura mais contida, porém igualmente lendária, de Peart e Ringo.
Mas foi ao mencionar Lars Ulrich, do Metallica, que a conversa ganhou um tom pessoal. “Ele foi uma grande influência para mim. E muitas pessoas pegam no pé dele por causa da técnica, mas, para mim, era mais do que apenas um baterista. Ele era o líder da banda, cuidava dos fã-clubes, coproduzia os discos. Ele era um modelo. E ainda é”, revelou Portnoy.
Ele também relembrou o impacto dos primeiros discos do Metallica, descrevendo a bateria de Lars como “muito agressiva e progressiva”. Portnoy afirmou ter aprendido muito com esses álbuns, assim como com outros mestres da bateria pesada, como Dave Lombardo (Slayer), Charlie Benante (Anthrax) e Vinnie Paul (Pantera).
Um momento marcante para Portnoy aconteceu em uma sessão de autógrafos promovida pela Tama, quando Ulrich lançava sua linha de baterias. O que poderia ter sido um simples encontro virou uma lição de humildade. “Achei que ele seria distante, mas ele olhava nos olhos das pessoas, fazia perguntas, passava alguns minutos com cada fã. Isso me marcou muito. Ver um cara do tamanho dele sendo tão humilde e atencioso me ensinou mais do que muitas técnicas por aí”, contou.
No fim da conversa, Portnoy cravou sua opinião sobre um dos debates mais antigos do mundo da música: técnica ou presença? “Prefiro assistir alguém como Lars no palco do que ver bateristas que fazem paradiddles a 240 bpm. Para mim, isso é chato. Eu quero emoção, quero me divertir vendo um show. E o que Lars traz para o Metallica é inestimável.”
Entre licks e lições de vida, fica o recado: não basta tocar — é preciso sentir.
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